Dores de cabeça, cansaço, fadiga, confusão ou euforia, dificuldade de raciocínio e visão. De repente uma voz no radio diz: Base para astronauta! Base para astronauta! Responda. Mas o silêncio dentro de sua cabeça ecoou na escuridão do universo.
Com equipamento intacto e nenhuma missão intergaláctica catalogada, a vontade é apenas observar tudo girar em câmera lenta.
Sigo perdendo o sono enquanto escrevo.
Sentir, escrever e nunca dizer.
Sobre você já não tenho mais notícias.
Tudo que eu faço é ouvir músicas que já não fazem mais sentido.
Dirigir por ruas que não vão dar em lugar algum.
Você disse qualquer coisa e não voltou.
Sumiu.
Eu ensaiei durante muito tempo o que dizer.
Só não sei a hora certa de entrar pra fazer.
Talvez você nem lembre mais como eu sou.
Sigo escrevendo, apagando, escrevendo..
Vou, mais uma vez
Arrastando esses passos tortos
Morto de saudades de você
Louco de vontade de te ver
Ah, se você soubesse
Como o meu coração padece
Não se desfaria assim de mim
Não se desfaria assim
Eu remo contra a maré
Pra ver se afogo essa dor
E vou perdendo a fé
E esquecendo quem sou
Eu remo contra a maré
Pra ver se afogo essa dor
E vou perdendo a fé
As estrelas vão me levar
Para algum lugar seguro
De onde eu possa ver
Os anéis de Saturno
E o anel que eu te dei
Onde está? Se desfez de nós?
Meu Deus, me dá a mão
Que dói demais
Como pode alguém ser tão cruel assim?
Eu remo contra a maré
Pra ver se afogo essa dor
E vou perdendo a fé
E esquecendo quem sou
Eu remo contra a maré
Pra ver se afogo essa dor
E vou perdendo a fé
Vai embora
Deixa a maré subir e afogar
Os nossos sonhos